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Você sabe o que são os transtornos de tique?

Fazem parte dos transtornos do neurodesenvolvimento entre as principais categorias dos Transtornos de Tique estão o Transtorno de Tourette, o Transtorno de Tique Motor ou Vocal Persistente e o Transtorno de Tique Transitório.

A apresentação clínica do transtorno envolve diferentes manifestações (motoras e/ou vocais), que podem ser simples ou complexas e que cursam com modificação ao longo do tempo.

Há flutuação nos sintomas do transtorno, com períodos de maior e menor intensidade e frequência, sendo que fatores ambientais exercem influência nesse processo.

É possível identificar comorbidades, ou seja, a presença de mais um transtorno ao mesmo tempo, na maioria dos pacientes, com destaque para Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

O diagnóstico é clínico e uma investigação adequada deve ser realizada para exclusão de causas secundárias de alteração de movimento.

O tratamento envolve psicoeducação, terapia cognitivo-comportamental e psicofármacos.

Os tiques podem se apresentar de diferentes formas podendo ser simples ou complexos.

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Tiques motores simples têm duração breve e podem incluir piscar os olhos, encolher os ombros e estender extremidades.

Tiques vocálicos simples incluem limpar a garganta, fungar e produzir sons guturais, frequentemente causados pela contração do diafragma ou dos músculos da orofaringe.

Tiques motores complexos costumam durar mais tempo e com frequência incluem uma combinação de tiques simples, como viradas simultâneas da cabeça e encolhimento dos ombros.

Tiques vocais complexos incluem repetição dos próprios sons ou palavras, repetição da última palavra ou frase ouvida, ou enunciação de palavras socialmente inaceitáveis.

Tiques são comuns na infância, se apresentando de forma transitória na maioria dos casos,  sendo o sexo masculino  mais afetado do que o feminino.

O início ocorre entre 4 e 6 anos de idade, com um pico de gravidade entre 10 e 12 anos. Na adolescência costuma apresentar um declínio e em muitos casos ocorre uma diminuição dos sintomas em adultos.

Os tiques tendem a piorar com a ansiedade, excitação e exaustão, melhorando durante atividade calmas e focadas, logo eventos estressantes costumam piorar o quadro.

O nível de sofrimento e prejuízos no funcionamento diário geralmente são mais observados em indivíduos com sintomas mais graves e com uma condição comórbida existente.

A Terapia Cognitivo-Comportamental para o Transtorno de Tique envolve:

A reversão do hábito, que consiste em promover a conscientização do paciente em relação aos tiques e em treinar novos comportamentos.

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É considerada pela literatura um dos tratamentos comportamentais mais eficazes.

A técnica requer auto-observação e conscientização dos processos corporais que antecedem os movimentos dos tiques, sendo esses processos chamados de fenômenos sensoriais.

A consciência dos fenômenos sensoriais é o primeiro passo para o controle dos tiques quanto para o sucesso da reversão do hábito.

O objetivo é diminuir a complexidade dos tiques, a fim de que chamem menos atenção e assim tornem-se mais adequados no âmbito social, e não os eliminar por completo.

Apoio familiar envolve aspectos como:

A família deve tratar a emissão de tiques como um evento natural e estimular a emissão de comportamentos considerados saudáveis.

Aumentar a tolerância aos tiques permanecendo ao lado do paciente durante a manifestação do tique sem ter uma reação negativa.

Reforçar o comportamento saudável da criança na ausência dos tiques, em especial em situações gatilho.

Então assim que observado a manifestação de tiques na criança a família deve buscar suporte de uma equipe multidisciplinar com psicóloga e psiquiatra para auxiliar no tratamento.

Tais Bedin

Psicóloga Clínica, atua desde 2010 na clínica, Especialista em Terapia Sistêmica para Casais e Famílias, Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental, com formação em Neuropsicologia e em Disciplina Positiva.

Acredita que a sua missão como psicoterapeuta, de modo colaborativo e humanizado, é auxiliar as famílias a enfrentarem os desafios do desenvolvimento infanto-juvenil, ajudar as crianças e adolescentes a superaram as adversidades e a desenvolverem habilidades para a vida.

Para isso, desenvolve em seu consultório orientações para ajudar os pais a criar vínculos mais respeitosos com seus filhos e realiza psicoterapia para crianças e adolescentes.

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