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Obesidade infantil

A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no organismo, podendo desencadear outros problemas de saúde.

A obesidade infantil é considerada um dos maiores problemas de saúde pública pediátrica, afetando cerca de 224 milhões de crianças em idade escolar no mundo.

Considerada uma condição complexa, vista pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma epidemia mundial, sua prevalência crescente vem sendo atribuída a fatores políticos, econômicos, sociais e culturais.

Os registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que uma em cada três crianças, com idade entre cinco e nove anos, está acima do peso no país.

Estudos apontam que crianças acima do peso possuem 75% mais chance de serem adolescentes obesos e 89% dos adolescentes obesos podem se tornar adultos obesos.

Sendo um dos maiores agravantes para a obesidade infantil a diminuição do consumo de alimentos saudáveis, e os hábitos de vida sedentários.

Você sabe quais são os fatores de risco para obesidade infantil e na adolescência?

A obesidade infantil assim como em outras fases da vida é uma condição multifatorial, isto é, várias condições podem levar ao aumento de peso da pessoa, como:

  • Consumo demasiado de alimentos gordurosos, como frituras, doces, alimentos industrializados, como refrigerantes e sucos;
  • Falta de atividades físicas, a vida sedentária é um fator preocupante para a obesidade em diversas fases da vida, incluindo na infância e adolescência;WhatsApp Image 2021-10-18 at 15.47.18
  • Ansiedade durante a infância ou adolescência, a ansiedade pode levar a ingestão de quantidades excessivas de alimentos de forma compulsiva sem que necessariamente haja fome;
  • A depressão também é um fator de risco, uma vez que, pessoas com sintomas de depressão, sofrem alteração no apetite podendo emagrecer ou engordar, assim como geralmente não praticam atividades físicas.
  • Fatores hormonais tais como excesso de insulina, deficiência do hormônio do crescimento entre outros;
  • Estudos apontam que a genética também é um fator relevante, algumas pesquisas revelaram que se um dos pais é obeso a criança tem até 50% de chance de se tornar também.

Por ser de causa multifatorial é necessário  uma avaliação e intervenções multidisciplinares para a identificação e tratamento adequado.

Crianças e adolescentes obesos apresentem risco aumentado para o desenvolvimento de doenças físicas comórbidas ou transtornos, como:

  • Doenças crônicas na idade adulta como diabetes e hipertensão;
  • Dificuldades respiratórias;
  • Problemas osteoarticulares;
  • Dislipidemias;
  • Maior risco de fraturas;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Câncer;
  • Baixa autoestima;
  • Isolamento social;
  • Transtornos alimentares;
  • Entre outras doenças com riscos graves à saúde.

Devido aos agravantes causados pela obesidade não é incomum a presença de um transtorno, sendo necessário o acompanhamento com profissional qualificado.

 

Como os pais podem ajudar

Para evitar a obesidade infantil, a prática de atividade física e uma boa alimentação são importantes aliados.

A OMS recomenda que crianças menores de 1 ano façam até 30 minutos de atividades físicas diárias, como engatinhar e movimentar os braços.

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Crianças de 1 a 2 anos devem fazer até 180 minutos de atividades por dia. Entre 3 e 4 anos, os mesmos 180 minutos por dia, sendo que 60 minutos devem ser de atividades físicas moderadas ou vigorosas.

Já as crianças maiores de 4 anos devem realizar 60 minutos por dia de atividade física de intensidade moderada. O tipo de atividade vai variar de acordo com a idade da criança.

Além disso, se estimulados desde a infância os exercícios viram rotina e têm impactos positivos também no futuro.

As brincadeiras são fundamentais para as crianças fazerem atividade física de forma prazerosa, com benefícios à saúde e ao bem-estar.

Essa é uma boa alternativa para manter as crianças em movimento, com desenvolvimento da parte física e da parte cognitiva, ou seja, de memória e aprendizagem.

Os pais precisam participar do cuidado, incentivar a boa alimentação, a prática de atividades físicas, dar bons exemplos aos filhos e levá-los frequentemente às consultas médicas.

Os pais podem ajudar incentivando hábitos alimentares saudáveis e participando da alimentação da criança, servindo como modelos.

O consumo de alimentos ultra processados, está associado com o ganho de peso excessivo na infância.

Os responsáveis pela alimentação da criança podem evitar a compra de alimentos menos saudáveis, como biscoitos recheados, salgadinhos, doces, refrigerantes e sucos industrializados.

É possível substituir o consumo desses alimentos por opções mais saudáveis. Devendo-se estimular o consumo de frutas, verduras e legumes diariamente, além de aumentar a ingestão de água, evitando os sucos.

Envolver a criança no preparo de receitas culinárias saudáveis pode ser uma estratégia para que ela conheça e se interesse por novos alimentos.

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Os responsáveis pelas crianças em idade escolar devem procurar limitar o tempo de tela em até 2 horas por dia e evitar que a criança realize suas refeições assistindo TV.

O aumento do tempo de tela pode contribuir para inatividade física e menor gasto energético e a mídia televisiva pode colaborar para escolha por alimentos não saudáveis.

No combate à obesidade infantil é importante que a família tenha uma alimentação saudável e balanceada, e estimule as atividades físicas dos filhos.

Limitar o uso de jogos eletrônicos e celulares e procurar opções de lazer mais ativas e com mais movimento, tirando as crianças da frente das telas, estimule-a a andar de bicicleta e jogar bola.

De autonomia para que a criança carregue a própria mochila por exemplo. Faça com que ela caminhe ao máximo, caminhadas em ritmo acelerado, ajudam a queimar calorias.

A atividade física não deve ser considerada apenas como prática esportiva. Os exercícios também não devem ser exaustivos. A ideia é que a criança encare essas atividades como um momento de lazer, confraternização com amigos e alegria.

Atividades como caminhar, engatinhar, correr, pular, equilibrar, subir e atravessar objetos, dançar, andar de brinquedos com rodas, andar de bicicleta, pular corda, são recomendadas.

Ao adotar essas estratégias as crianças e adolescentes irão internalizar e formar hábitos saudáveis para a vida, reduzindo a chance de desenvolver obesidade.

Tais Bedin

Psicóloga Clínica, atua desde 2010 na clínica, Especialista em Terapia Sistêmica para Casais e Famílias, Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental, com formação em Neuropsicologia e em Disciplina Positiva.

Acredita que a sua missão como psicoterapeuta, de modo colaborativo e humanizado, é auxiliar as famílias a enfrentarem os desafios do desenvolvimento infanto-juvenil, ajudar as crianças e adolescentes a superaram as adversidades e a desenvolverem habilidades para a vida.

Para isso, desenvolve em seu consultório orientações para ajudar os pais a criar vínculos mais respeitosos com seus filhos e realiza psicoterapia para crianças e adolescentes.

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