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Um problema atual: a dependência tecnológica ou uso problemático de mídias sociais

Ainda não há um consenso quanto ao diagnóstico para esse problema, e os nomes também variam de “transtorno de dependência de internet”, “uso problemático de internet”, “uso compulsivo de internet”, entres outros.

Apesar da variação no nome, suas características podem ser entendidas como comportamentos de uso descontrolado de mídias interativas por meio de uma tela, que comprometam a função física, psicológica e/ou social de um indivíduo.

Em uma pesquisa recente, mais de um terço dos pais revelou que brigavam com seus filhos por causa do uso do celular; metade dos jovens e mais de um quarto de seus pais acreditavam que eram dependentes de seus dispositivos.

Nos últimos anos, os pediatras vêm atendendo, em números cada vez maiores, crianças e adolescentes cuja saúde e desenvolvimento foram afetados por seu uso de smartphones, jogos ou internet.

As crianças e adolescentes estão especialmente em risco de desenvolver uso problemático de mídias interativas, pois adotam com rapidez e facilidade a tecnologia, e porque ainda precisam desenvolver funções executivas do cérebro, como o controle dos impulsos, a autorregulação e o pensamento futuro.

Como consequência o início do uso problemático de mídias interativas de videogame a smartphones ocorre mais frequentemente durante a infância  e a adolescência.

Você sabe quais são os sinais de dependência?

  • A criança passa muitas horas envolvida com tecnologia.
  • A criança está sempre preocupada com a tecnologia.
  • A criança afasta-se das situações sociais, preferindo usar dispositivos digitais.
  • A criança está cansada e irritável em consequência do sono inadequado e do uso excessivo de tecnologia.
  • A criança diz que fica entediada quando não está usando dispositivos digitais.
  • A criança afasta-se das atividades de que costumava gostar, buscando apenas atividades nos dispositivos digitais.
  • O desempenho escolar da criança está comprometido porque seu foco está na tecnologia.
  • A criança já mentiu ou escondeu a extensão de seu uso de tecnologia.
  • A criança ficou raivosa ou desobedeceu quando você estabeleceu limites de tempo ao uso de tecnologia.

Os resultados adversos causados pela dependência de smartphone podem ser facilmente identificados e envolvem, saúde física e saúde mental, como:

Distúrbios musculoesqueléticos,  o uso excessivo de smartphone pode produzir estresse considerável na coluna cervical, o que altera a curva cervical e leva a dor no pescoço e no ombro.

Problemas oculares, como desconforto ocular, fadiga visual, olho seco, cefaleia, visão turva e mesmo visão dupla.

Infecções, os smartphones podem agir como reservatórios de microrganismos e talvez desempenham um papel de disseminação de doenças.

Dificuldades relacionadas ao sono;  o período da infância e adolescência, o sono e a qualidade do sono são considerados um elemento-chave para a aprendizagem e a memória, bem como para a regulação emocional.

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A má qualidade do sono foi associada a problemas no desempenho da memória, bem como concentração ruim, que logicamente determina o baixo desempenho acadêmico.

O smartphone é o dispositivo mais conveniente de usar logo antes de dormir, portanto o impacto destes pode ser maior do que de outras mídias e dispositivos.

Os relacionamentos sociais também são prejudicados, essas novas tecnologias, caracterizadas pela ausência de comunicação frente a frente, podem causar comportamentos transtornados e sentimentos ruins, levando a isolamento social e certo grau de alienação.

Embora o smartphone seja usado como uma ferramenta de comunicação, seu uso excessivo  faz os indivíduos se tornarem dependentes e isolados.

A dependência de smartphone foi ligada a perturbação e redução do desempenho acadêmico em virtude dos comportamentos multitarefas, como interagir frequente ou habitualmente com o próprio smartphone.

O que os pais podem fazer para ajudar ?

Os pais precisam ser proativos na interrupção e no controle do tempo das crianças em frente a uma tela.

Do nascimento aos três anos qualquer quantidade de tempo em frente a uma tela prejudica a comunicação social, o desenvolvimento e o apego de uma criança aos pais ou a outros membros da família.

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Dos 3 aos 6 anos, sugere-se apenas 1 hora por dia, desde que supervisionado, este é um momento crucial no desenvolvimento infantil, para aprender o comportamento pró-social e o comportamento social.

Dos 6 aos 9 anos, o uso deve ser supervisionado, as crianças precisam balancear a tecnologia com comportamentos sociais e físicos. Os pais precisam controlar o uso e evitar dispositivos multiplataformas portáteis, pois são mais difíceis de monitorar.

Dos 9 aos 12 anos, fase de integração, à medida que as crianças se desenvolvem cognitivamente, é importante que entendam que nem todas as mídias são educativas. É o momento de os pais ajudarem os seus filhos a serem conscientes a respeito dos conteúdos aos quais são expostos.

Dos 12 aos 18 anos, independência, se concederem o uso irrestrito os pais devem fazer os filhos manterem um diário digital, isso atualiza os pais sobre o tempo on-line dos filhos e ajuda os adolescentes a terem registro do seu próprio tempo on-line. É também um momento para ajudar os filhos a fazerem as melhores escolhas de suas atividades on-line, como por exemplo, se estão só jogando ou fazendo as lições de casa.

Tais Bedin

Psicóloga Clínica, atua desde 2010 na clínica, Especialista em Terapia Sistêmica para Casais e Famílias, Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental, com formação em Neuropsicologia e em Disciplina Positiva.

Acredita que a sua missão como psicoterapeuta, de modo colaborativo e humanizado, é auxiliar as famílias a enfrentarem os desafios do desenvolvimento infanto-juvenil, ajudar as crianças e adolescentes a superaram as adversidades e a desenvolverem habilidades para a vida.

Para isso, desenvolve em seu consultório orientações para ajudar os pais a criar vínculos mais respeitosos com seus filhos e realiza psicoterapia para crianças e adolescentes.

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